Deixar ser o que é e como é.
É importante compreender que, no processo do desenvolvimento e evolução do ser, para haver transformação da maneira como nos relacionamos com a vida e com os movimentos, coloca-se como condição o total desapego, o abrir mão de toda atitude fixada, de pensamentos repetitivos e do desejo de controle.
Isto implica em observar detalhadamente, com simplicidade e sem julgamento, as sensações internas e o pano de fundo externo tendo a percepção fina dos ajustes e desajustes, sem interferir sobre eles, apenas constatar o movimento, a direção e a relação entre as partes do corpo.
Com este nível de atenção é possível perceber a sutileza e a potência da vida manifesta. O ser não mais opõe resistência e se torna parceiro do percurso da vida que o atravessa. O esforço se anula e neste momento não há lugar para a sustentação de padrões limitantes, que levam ao sofrimento. O corpo está livre das fixações, aberto a novas possibilidades interativas.
Estar na presença, liberta, estar no controle, paralisa
É importante trabalhar o contato, consigo mesmo e com o mundo, e a conexão com este universo em que vivemos. Estes dois conceitos, para serem experimentados, requerem desenvolver um estado de presença plena. A qualidade da vida depende da capacidade de se sentir inteiro e viver com prazer.
Com o corpo presente, vivificado, nos relacionamos com três universos: primeiro com o próprio ente, segundo com o ambiente e terceiro com o transcendente. Ele se torna um laboratório acessível, atualizado no tempo, e passível de evolução constante, onde todas as experiências podem ser realizadas.